ANÁLISE – REOBOTE ZION – CD CLÁSSICOS À MODA JAMAICANA – MUSIC
CLÁSSICOS NO RITMO SKA E ROCKSTEADY DA MELHOR QUALIDADE.
Conheci a Banda Reobote Sion em um evento, intitulado de “SOS DA VIDA” há uns seis anos atrás.
Diferente das bandas de reggae da época, o estilo SKA e Rocksteady eram apresentados de uma forma inovadora, mesmo que desconhecidos por muitos presente no evento, eles agitaram.
Com a missão de ampliar a mensagem da salvação através da música jamaicana, transformando todos os lugares por onde ela chegar, a Banda Reobote Zion é um fragmento no mercado gospel nacional que traz novidade e uma sonoralidade diferenciada.
As apresentações ao vivo são melhores que as gravações em CD, por mais que nos dois primeiros cds “Andando No Meio De Nós” (2009) e “Não Trago a Paz, Mas A Espada” (2010), te levem para uma dimensão maior.
A frente da banda está o Pastor Tarcísio e Pastora Potira, pastores da igreja Bola de Neve de Diadema.
Com uma excelente e afinada banda, eles levam em suas canções mensagens do amor de Deus, mas, com uma mensagem atual e de nosso cotidiano.
O grande destaque da banda é a música “João Batista” e “Jamaica SKA”. Enquanto a primeira traz uma mensagem forte a segunda nos faz dançar.
E no final de 2016 é lançado o cd “Clássicos a Moda Jamaicana” pela Bola Music, que promete trazer releituras de clássicos da Harpa e também popular, com participações pra lá de especiais.
Logo abaixo eu descrevi faixa a faixa do CD, aquilo que eu senti ao ouvir o CD e no final a minha conclusão.
Lista de Músicas:Alvo Mais Que a Neve (feat. Fritz Madden)
Um Povo Forte (feat. Bobby Cressey & Jaqueline Gaviria)
Mais Perto (feat. Nengo Vieira, Bobby Cressey & Tyrone Rudulp)
Solta o Cabo da Nau (feat. Bobby Cressey)
Renova-Me Senhor (feat. Carol Guedes, Dido & Bobby Cressey)
Então Minh’alma (feat. Solomon Jabby)
Vem Com Josué (feat. Mark Mohr & Bobby Cressey)
Oil In My Lamp (feat. Brother Simion & Bobby Cressey)
Em Espírito (feat. David Fantazzini & Bobby Cressey)
Os Guerreiros
Mwen Adore W’jezi (feat. Bobby Cressey & Tyrone Rudulp)
“Alvo Mais que a Neve”, clássico de muitos cultos de Santa Ceia, em uma nova sonaridade e uma dinâmica entrosada entre os instrumentos metais (de sopro) e os de corda (guitarra, baixo), fazem dessa música de abertura uma preparação para o que iremos ouvir, não temos vocais nessa faixa.
Destaque para o baterista Fritz Madden, abrindo as participações dos Clássicos À Moda Jamaicana.
“Um Povo Forte”, com participação de Bobby Cressey e Jaqueline Gaviria novamente ouviremos os metais trazendo uma nova pegada, enquanto a pedaleira permanece na mesma até o final da canção onde os vocais se dividem em uma clássica primeira e segunda voz.
A pegada de reggae da pedaleira, é um ponto forte, mas a guitarra um pequeno solo apenas no início da canção e poderia ter uma dinâmica nas passagens, mas não ouvimos isso. A interpretação do vocal não te anima.
Participações de nomes de PESO como Nengo Vieira (Vocal), Bobby Cressey (Teclado) e Tyrone Rodulph (Bateria) na “Mais Perto”, ela se torna um Rocksteady poderoso. O vocal com notas bem prolongadas, conseguimos sentir todos os instrumentos dessa canção, uma das ou a melhor do cd, e a interpretação de Nengo Vieira é mais da mesma.
Uma canção bem alegre, um SKA sem vocal e metais sincronizados, apesar de não se comparar com a música de abertura, eu particularmente me interessei mais por “Solta o Cabo da Nau” entre as canções sem vocais do CD. Ela pode ser usada em qualquer momento do CD que se encaixará muito bem. Reobote Zion poderia lançar um cd só de instrumental, devida a qualidade.
“Renova-me Senhor”, primeira canção do CD em que ouvimos mais os vocais do que o instrumental, não atraí, parecendo um cover da canção original, mesmo com participações de Carol Guedes e Dido, não tem um brilho de novo como as demais do cd.
Essa próxima canção deixa bem claro que o arranjo vocal não é algo forte da Banda Reobote Zion, e após uma tentativa sofrível de Renova-me temos a canção “Então Minh’Alma”.
Enquanto na versão nacional não traz nenhuma novidade, surge Solomon Mohr e nos mostra como se faz um arranjo vocal roots que estávamos esperando na canção toda.
É uma pena, uma só estrofe pra ele, enquanto toda a canção, em sua parte em português foi sofrível ouvir, ela consegue se tornar melhor que a faixa anterior.
Ainda prefiro ouvir a versão do Christafari para “How Great Thou Art”, vou disponibilizar no final do post.
“Vem com Josué” é boa, apesar do projeto ser uma releitura de clássicos em ritmo SKA Jamaicano, que enquanto peca no vocal temos essa canção com o instrumental afiado.
Mesmo com um exército vocal em português, não rouba o brilho do vocal de Mark Mohr versando o refrão da canção em inglês.
Ficaria mais interessante, se ele tivesse cantado a canção toda, mas foi só o refrão.
Com Oil Im My Lamp” ouvimos Brother Simion que entrou no SKA e não decepciona.
Enquanto o vocal entoa “Give me oil in my lamp, keep me burning” e “Sing Hossanna to the Servant King”, o instrumental arrasta seus ouvidos em “Segura nas mãos de Deus e vai”.
Após duas canções que poderia ser melhor trabalhada, essa veio como um tiro que não mata, mas, te traz uma nova esperança para os arranjos vocais. Simples, mas, Fresh.
Pensa em um cantor que sabe interpretar uma canção, fazendo de um clássico, que o mesmo já cantou diversas vezes, uma maestria e respeitando a banda, temos David Fantazzini na canção “Em Espírito”.
Das cantadas é a melhor canção do CD, além de bem feita, a interpretação faz jus ao nome do CD.
Pastor Tarcísio e Pastora Potira onde estão vocês neste cd?
Amo demais os dois, mas, neste cd os cantores convidados sim trouxeram um estilo para o cd. Uma pena.
“Os Guerreiros”, a penúltima canção do CD, não poderia ser essa, na verdade ela não deveria ter entrado em um CD cujo o tema é Clássicos a Moda Jamaicana, onde ela não se encaixa.
Depois de um desgaste, por conta do vocal, ouvimos uma canção instrumental, que sentimos de imediato a falta de convidados.
A guitarra é um destaque, os metais enjoativos e sem novidades, fazem dessa, a canção instrumental mais fraca do CD.
“Mwen Adore W’jezi”, mesmo sendo no idioma Haitiano, #palmas, a terceira de onze canções que acertou no arranjo vocal, instrumental nota dez e é uma pena que seja a última canção.
Pastores Tarcísio e Potira, eu ouvi vocês da maneira que eu esperava desde a primeira canção.
Fecha o CD com a mesma grandiosidade que começou.